Rio Vermelho é, sem dúvidas, uma das opções de lazer mais queridas pelos soteropolitanos e turistas. Não existe uma pesquisa para indicar sobre isso, mas quem mora em Salvador sabe disso. Seja pela forma como os largos de Santana e Mariquita ficam ou pela aglomeração geradas pelo Chupito.
O Rio Vermelho tem tanta opção boa que não será possível cobrir todos os cantos conhecidos do bairro, como o EcoSquare, que reúne algumas lojas, bares e restaurantes na Rua Conselheiro Pedro Luiz. Ou a Casa de Jorge Amado, mas já tem post exclusivo sobre o local.
Por isso, o foco será o que fazer no Rio Vermelho mais pela parte da orla. Portanto, eu recomendo que você leia até o final para conhecer ainda mais um dos bairros mais conhecidos de Salvador.
Onde comer no Rio Vermelho
Vou começar esta espécie de guia pela gastronomia. Afinal, sempre rola aquela dúvida sobre os melhores bares e restaurantes para almoço e jantar. Por isso, eu vou indicar uma lista de lugares que já fui e adorei.
La Taperia
Especializado na cozinha espanhola, La Taperia fica na Rua da Paciência, 251. Em frente à quadra de esporte, não tem erro. Faz anos que fui lá, mas lembro que a paella é uma coisa de outro mundo. Além disso, eu tive oportunidade de comer em algumas edições da Feira da Cidade. Portanto, se você gosta destes pratos, vale muito a pena.
Horário de funcionamento
Terça a Sexta, das 16h às 00h
Sábado: 12h às 00h
Domingo: 12h às 16h
Para reservar:
71 3334-6871 | 71 98716-1077
Pi.zza
A Pi.zza traz o conceito de pizza individual que não é muito comum em Salvador. Ou seja, você não pode dividir a sua com outra pessoa. Apesar disso, ela é incrível. Tanto que este post no Instagram do blog teve grande engajamento e deixa qualquer pessoa com água na boca. Funciona todos os dias das 17 às 23h30.
Seguindo esta linha, tem a Così, praticamente ao lado. Veja no post que fiz sobre ela.
Pasta em Casa
O espaço da cozinha italiana na Rua Professor Almerinda Dutra é muito bonito e é uma boa opção para quem é fã de massa. Está aberto para almoço todos os dias e para jantar de terça a domingo.
El Pancho
Em frente ao Pasta em Casa, tem o El Pancho voltado para a gastronomia mexicana. Eu nunca fui, mas com esta fachada fica o convite. Quem sabe terá post no Instagram ou canal do YouTube. O restaurante funciona de terça a sexta das 17hs às 00h30, sábado e domingo das 12hs às 00:h30.
Boteco do França
Um dos lugares mais conhecidos do Rio Vermelho. Quando eu fui, eu comi um risoto inacreditável. Se estiver fazendo sol, vale muito sentar ao ar livre. Funciona diariamente a partir do meio dia.
Vila Caramuru
O atual complexo, que substituiu o Mercado do Peixe, reúne vários restaurantes e marcas reconhecidas como a Cubana. A maioria funciona mais no final da tarde.
Galeria Vila 14
Bem próximo da Vila Caramuru, reúne alguns lojistas, entre eles, o De Além Mar, de uma família lusitana que vende pastel de Belém incrível. Assista ao rápido vídeo para conhecer mais sobre o restaurante.
Açaí do Monstro
Para quem curte, o bar oferece diversos sabores e cremes por um preço que eu achei justo. Na época, esta taça custou cerca de R$ 17. Provavelmente houve algum aumento, pois faz um tempo que fiz esta visita. Fica na Rua João Gomes, próximo ao Largo de Santana. Portanto, perto da boemia soteropolitana.
O que fazer no Rio Vermelho à noite
Além dos bares e restaurantes que indiquei, existem dois lugares considerados o pontos de boemia no bairro: Largo de Santana e da Mariquita.
Apesar da foto ser de dia e não mostrar movimento, não se engane. Afinal, Largo da Mariquita já está consolidado como ponto de encontro para as noites de Salvador. Aqui é onde fica o acarajé da Cira, uma das baianas do quitute mais famosas da cidade.
Já no Largo de Santana fica o ponto que era de Dinha, outra baiana de acarajé que foi muito famosa quando estava viva e hoje as filhas gerenciam o ponto. Na última vez que fui lá, o acarajé estava entre R$ 11 e R$ 13. Além disso, existem alguns bares e restaurantes do largo que deixam várias mesas e cadeiras ao ar livre.
Curiosidades sobre o Rio Vermelho
A escultura Odoyá, que deixa o Largo de Santana ainda mais bonito, foi feito pelo artista Ray Vianna e inaugurado em 2 de fevereiro de 2008. Sim, em plena festa de Yemanjá, uma das festas mais populares de Salvador.
Ainda sobre a Yemanjá, você sabia que a festa tinha o sincretismo religioso no passado?
Paróquia de Santanna
Quando esta igreja era a sede da Paróquia de Santanna, em 1924, um grupo de pescadores ofereceu à Yemanjá seu primeiro presente na intenção de superar uma má fase de escassez de peixes. Por isso, este presente era muito simples: frasco de água de cheiro e um boneco, protegidos por uma caixa de papelão.
Uma missa na paróquia de Nossa Senhora de Sant’Ana era feita na abertura da festa. Além disso, é a santa dos pescadores do bairro. Na manhã do dia 2 de fevereiro, logo cedo, os pescadores iam à missa na igreja e depois seguiam para o mar de Yemanjá.
Quando os pescadores colocaram a mãe de santo responsável pela preparação do presente à festa, o pároco da igreja rompeu com o grupo e nunca mais houve missa antes da festa de Yemanjá.
Na década de 1960, houve projeto de demolição da igreja na época que ACM avô era prefeito. Mas Jorge Amado, Carybé e outros artistas evitaram o feito, mas desde então a igreja não está sob responsabilidade de nenhum órgão e ela não abre em nenhuma ocasião. Por isso que poucas pessoas sabem da história dela.
A sede da paróquia de Sant’Ana do Rio Vermelho era nesta igreja da foto até 1967, quando foi transferida para o lado da colônia de pescadores, que dá para ver um pedaço no lado direito da foto.
Depois do rompimento com o pároco, a festa de Yemanjá passou a ser produzida na Casa do Peso, onde pescadores organizam balaios que afundam no mar sinalizando que Iemanjá aceitou o presente.
Onde ver o por do sol no Rio Vermelho
A Vila Caramuru, além de reunir alguns restaurantes, o seu estacionamento possui um vista incrível para a orla do Rio Vermelho. Além disso, é possível avistar o Farol da Barra lá na ponta. A foto abaixo é um aperitivo para você imaginar como é o por do sol daí.
Rio Vermelho é perigoso?
Descobri que esta é uma dúvida muito pesquisada. Portanto, vou aproveitar este texto para falar um pouco sobre isso.
Pelo jeito, muitos moradores e até pessoas de outros estados ainda possuem uma percepção da cidade no passado. Ao longo dos anos, ela passou por revitalização em vários pontos, principalmente nos turísticos. Portanto, Rio Vermelho está neste grupo.
Eu acredito que isto é decorrente dos telejornais diários. Afinal, todo dia tem notícia de atos de violência acontecendo na cidade. Por isso, eu acho que muita gente esquece que no dia a dia não presenciam estes atos pessoalmente.
É claro que eu sei que estamos sujeitos a assaltos em qualquer cidade do mundo. Eu, particularmente, tento circular livremente por Salvador, mas sempre de olho ao meu redor.
Eu gravei o vídeo abaixo sobre o Rio Vermelho e acho que responde à pergunta se o bairro é perigoso. Ou seja, fiquei o tempo todo filmando com o celular. Além disso, eu mostro em uma parte do vídeo uma viatura da polícia no Largo da Mariquita, um dos pontos mais movimentados do bairro.
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4 thoughts on “Rio Vermelho: o que fazer no bairro mais boêmio de Salvador”